segunda-feira, 28 de fevereiro de 2011

Habacuque 3.17-18

"Porque ainda que a figueira não floresça, nem haja fruto na videira; ainda que decepcione o produto da oliveira, e os campos não produzam mantimento; ainda que as ovelhas da malhada sejam arrebatadas, e nos currais não haja gado;
Todavia eu me alegrarei no SENHOR; exultarei no Deus da minha salvação."

segunda-feira, 7 de fevereiro de 2011

Veio a calhar

 Soneto da Separação

De repente do riso fez-se o pranto
Silencioso e branco como a bruma
E das bocas unidas fez-se a espuma
E das mãos espalmadas fez-se o espanto.
De repente da calma fez-se o vento
Que dos olhos desfez a última chama
E da paixão fez-se o pressentimento
E do momento imóvel fez o drama.
De repente, não mais que de repente
Fez-se de triste o que se fez amante
E de sozinho o que se fez contente
Fez-se do amigo próximo o distante
Fez-se da vida uma aventura errante
De repente, não mais que de repente.

(Vinícios de Moraes)

domingo, 6 de fevereiro de 2011

Sobre um Cravo

Vi um cravo distante até tentei leva-lo para meu jardim...mas ele estava bem firmado, fiz um igual, de papel, e coloquei no meu jardim. Fui revê-lo algumas vezes e era um agradável sentimento que se apoderava do meu ânimo ao vê-lo ainda mais belo do que me lembrava. A pouco voltei e ele não estava tão belo como me recordava, talvez eu o tenha mudado na ânsia de ele fosse exatamente como eu sempre desejei. Resolvi que o comtemplaria no papel, belo e singelo, quando reguei ele murchou.

Voltei para o lugar onde ele está e percebi que fui atraida por ele, exatamente como ele é...que na verdade gosto dele assim, nem tão singelo e nem tão belo; gosto da firmeza dele. Mas eu não posso deixar meu jardim, nunca abandonaria minha árvore! e ele com toda sua firmeza está sempre tão distante.
Quem sabe um dia eu volte a vê-lo...

quarta-feira, 2 de fevereiro de 2011

Lembranças suas

Prezado,
Deixei por alguns instantes que a mente recordasse lembranças, e lá estava você em ocasiões favoráveis ou não; fazendo sempre as mesmas coisas, sem muitas palavras. As voltas da vida acabam com a estabilidade, arduamente alcançada, em poucas horas. Uma despedida almejada e até planejada destrói o enredo e inunda os olhos. Consigo controlar palavras, mas os gestos e olhos insistem em dizer coisas infinitas, que explicam o que nunca foi dito. As lembranças me trazem a sensação do vento forte de uma noite na praia. Talvez a incerteza do que virá seja o toque de pimenta em tudo, mas o medo do que não mais virá...possivelmente é culpa da minha mania de esperar.
Sabe, até gosto disso, mas já não consigo conter o frio na barriga e ele se propaga para a alma.
Então deixo tudo isso no fundo falso da gaveta e aguardo o que Deus me enviar!

Mil Beijos,
Lara